Eutanásia do grego “bom morte” ou “morte sem
dor” é a teoria que defende o direito de um doente incurável, de pôr termo à vida, sujeitando-se sofrimentos físicos e psíquicos. Porém, a legislação portuguesa não oferece ao cidadão esta opção, como é
descrito no artigo 134º do Código Penal: 1 – “Quem matar
outra pessoa determinado por pedido sério, instante e expresso que ela lhe
tenha feito é punido com pena de prisão até 3 anos”, 2 – “A tentativa é punível”.
Retomando a questão, eutanásia é um procedimento,
a que uma pessoa se sujeita para pôr termo à vida isto poderia ser uma escolha,
exceto se o doente fosse coagido a determinar o seu destino, e só uma decisão se
fosse legal no país em causa.
A meu ver a Eutanásia é um caminho para evitar a
dor e o sofrimento das pessoas com doenças terminais, ou sem qualidade de vida.
Não há qualquer referência no juramento
Hipocrático que impeça o cumprimento desta prática, mas tome-se como exemplo a
seguinte frase: “Guardarei respeito absoluto pela vida humana desde o seu
início, mesmo sob ameaça e não farei uso dos meus conhecimentos médicos contra
as leis da Humanidade”, as leis da Humanidade, efetivamente são uma metáfora,
para as leis do ser humano, logo se num país a Eutanásia for ilegal, então o individuo
que der assistência a este procedimento médico, pode ser punido.
Existem várias formas de executar o processo de
eutanásia, como por exemplo, injeções ou drogas, monóxido de carbono, hélio,
comprimido suicida “Nitchke’s Peaceful”.
A meu entender existe quase como uma ementa, onde se pode escolher o menu que
mais se adequa à pessoa em questão, e como a morte é a única certeza que se tem
na vida, pelo menos que a pessoa tenha a possibilidade de escolher a sua “Última
Ceia”.
Visto que Portugal é um país democrático, em que
cada cidadão tem direito ao voto, tem direitos e deveres iguais entre si, por
que não dar ao cidadão esta opção? A meu ver, a Eutanásia devia ser uma
escolha, exclusiva do doente. Contudo, as suas faculdades cognitivas devem
estar nos seus níveis aceitáveis. Se esses níveis estiverem dentro do normal,
então poder-se-ia passar a uma fase burocrática/judicial.
Penso que, esta decisão não deve ser influenciada
por nada, nem ninguém, já que cada um tem a consciência para decidir por si
próprio.
Por conseguinte, a eutanásia deveria ser adotada
como uma escolha democrática, como um direito. Mas aqui não defendo a morte em
si, mas sim a Eutanásia como um procedimento médico e uma reflexão de uma morte
menos aflitiva, em vez de uma morte lenta e dolorosa. Ninguém pode afirmar que
só nos países não desenvolvidos é que isso acontece, pois seria mentira, pois países
como a Bélgica, Holanda e Luxemburgo, que são os únicos países da Europa onde a
eutanásia é legal, e a Suíça que tem uma atitude tolerante, são países
desenvolvidos.
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