segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

1984



George Orwell, escritor britanico, é um heterónimo de Eric Arthur Blair. George nasceu em 1903 e morreu em 1950. As suas obras são marcadas por uma inteligência notável, e pela consciência profunda sobre a sociedade da sua época.
Grande parte dos seus romances representava uma oposição ao totalitarismo (principalmente o “1984”) e um apoio ao socialismo. Orwell também lutou muito contra as ditaduras do século XX, opondo-se publicamente e participando em revoluções.
É considerado o 2º melhor autor britanico do século XX, e as suas obras mais vendidas foram “1984”, “O Triunfo dos Porcos” e “Homenagem a Catalunha”. Foi um dos autores mais reconhecidos e que mais livros vendeu durante o século XX.


Nineteen Eighty-Four é um romance autor inglês de George Orwell. Publicado em 1949, retrata o quotidiano de um regime político totalitário e repressivo em 1984. No livro, Orwell mostra como uma ditadura coletiva é capaz de reprimir qualquer um que se opuser a ela.
A sociedade é divida em três escalas, a dos integrantes do Partido Interno, integrantes do Partido Externo e os chamados “proles” que representam a classe baixa, sendo esta a maior parte da população dotados de pouca instrução.
O livro foi escrito com o intuito de criticar a época na qual o autor vivia, porém, pode-se tranquilamente fazer várias relações com o mundo contemporâneo. Podemos analisar na atualidade elementos como a manipulação da verdade por parte de algumas mídias, a dominação da população, principalmente mais pobre, algumas vezes de maneira não-declarada. Fazendo uma alusão não declarada ao regime da época ele criou um futuro trágico. Esse futuro se parece em alguns aspectos com o futuro que vivemos hoje, embora não passemos por estas medidas radicais.
  
Personagens 

  • Winston Smith 
  • Júlia
  • Grande Irmão
  • Goldstein
  • O' Brien   

Resumo rápido c/ aspetos a referir

  O livro conta a história de Winston Smith, um funcionário num ministério do regime totalitarista do Grande Irmão. Winston começa a querer rebelar-se contra o regime opressivo, e tenta juntar pessoas à sua causa.
  Diariamente, os cidadãos devem parar o trabalho por dois minutos e se dedicar a atacar histericamente o traidor foragido Emmanuel Goldstein (que comanda as outras nações inimigas, Eurásia e Lestásia) e, em seguida, adorar a figura do Grande Irmão. [Dois Minutos de Ódio]
  Winston conhece Julia, uma colega de um minstério que também pertence ao regime. Eles os dois têm um ódio comum perante o Grande Irmão e o seu regime. Começam a encontrar-se num esconderijo, dentro de uma pequena loja de velharias.
  A pouco e pouco Winston e Julia começam a aproximar-se cada vez mais, tanto numa relação a nível pessoal, como numa tentativa de destruir o regime do Grande Irmão. Winston acredita que há colegas nos ministérios do regime que também querem destruir o regime.
 Entretanto, Winston fala com O'Brien, um colega do ministério. Winston considera que ele também é contra o regime. O'Brien refere que pertence a uma força contra o Grande Irmão, que segue os ensinamentos de Goldstein, referidos num pequeno livro. Nem tudo é o que parece, no entanto. Goldstein e o seu livro não passam de um mito inventado pelo regime. O'Brien pertence ao círculo interno do regime.
 Winston e Julia são capturados e levados para uma espécie de centro de tratamento do regime. Lá encontra-se a sala 101, onde eles enfrentam o seu maior medo, e aí passam a adorar o regime. Winston passa meses no centro e quando sai passa a ser um "fã" do regime. Nunca mais se encontra com Julia, e finalmente sente a paz e a calma que procura ao longo do livro.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Antígona de Sófocles

  Antígona, de Sófocles é uma tragédia grega clássica que deverá ser analisada como continuação da tragédia "Rei Édipo"

Resumo: Após a tragédia vivida por Édipo e Jocasta, Creonte, irmão de Jocasta, fica com o governo de Tebas, a cidade que prospera.
  Polínices e Eteócles, filhos do casa, combatem como inimigos pela governação da sua cidade e acabam por morrer, Como Polínices pedira apoio ao exércitos de Argos, Creonte ordena que este não tenha direito a ser sepultado, ao contrário do irmão. Para o Tio, ele tinha-se revelado um traidor à pátria.
  É esta situação angustiante de ver o seu irmão deixado por sepultar, ao alcance das feras, que faz com que Antígona, decida enfrentar ar ordens de Creonte e revelar uma coragem e sentido de justiça sem igual.
  A atitude de Antígona é conhecida desde início pela irmã Ismena, que afirma não ter essa mesma coragem e por isso, deixa-a ir só realizar a tarefa de sepultar o irmão. A heroína da tragédia considera que aquela desgraça só aconteceu porque as ações dos seus antepassados suscitaram o castigo divino a todas as gerações.

  Na tragédia grega clássica de que esta é exemplo perfeito estrutura-se a partir da ideia da inevitabilidade do destino.
  Nesta obra de Sófocles, o destino aparece como uma força implacável que destrói famílias que ousam desafiar os deuses ou os governantes.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O Auto da Alma de Gil Vicente


Sobre Gil Vicente:

Nasceu em 1465 (?) e foi dramaturgo e poeta português, também considerado como o pai do teatro português. As suas obras tinham uma função moralista isto é, pretendiam passar uma mensagem (ou lição de moral).
Viveu na Idade Média e nesta altura os valores das pessoas dependiam muito e assentavam-se na religião, por isso ele faz referências bíblicas para transmitir melhor a mensagem, por exemplo, usava muito personagens alegóricas para simbolizar o bem e o mal, como o Anjo e o Diabo.
O Auto da Alma foi escrito em 1508 e dedicado a D. Leonor mas apenas foi representada perante o Rei D. Manuel em 1518.

Sobre a obra:

No início ele começa por fazer uma comparação em que diz que assim como na Terra existiam estalagens para acolher os caminhantes cansados das suas viagens, também no Céu haviam estalagens para as almas descansarem, ao longo dos seus caminhos para o Paraíso. Aqui a estalajadeira era Madre Santa Igreja que tinha essa mesma função de acolher as almas cansadas.
A historia começa com uma alma que vai a caminhar e já se sente um pouco cansada. Durante o seu caminho, vem ao seu encontro um anjo que lhe diz para continuar porque estava quase a chegar à estalagem. A alma pede lhe proteção e então o Anjo explica lhe que foi para isso que ele veio, para a proteger das tentações do Diabo.
Entretanto, o Diabo aparece e, ao ver a Alma, tenta logo seduzi-la de modo a levá-la para o Inferno. Para tal, oferece-lhe jóias, roupas e diz-lhe mesmo que o Inferno era o verdadeiro Paraíso pois lá podia- se viver à vontade com imensas fortunas.
Ao princípio, a Alma rejeita o Diabo mas após algum tempo começa cada vez mais a deixar-se influenciar pelo o que ele diz. Isto causa indignação ao Anjo que lhe diz para continuar e ignorar o Diabo. Porém, a dada altura, a Alma recusa-se a continuar e afirma que já não quer ir para o Céu.
Ao fim de algum tempo,  o Anjo consegue convencê-la  novamente a ir para o Céu ao dizer-lhe que estavam lá à sua espera e que se fosse com Diabo isso iria-lhe pesar muito. E esta escolhe, então, continuar.
O Anjo e a Alma chegam à estalagem onde Madre Santa Igreja a acolhe e é aí que ela se apercebe e se arrepende por se ter deixado ir na conversa do Diabo, pedindo o perdão. Começam a ceia, onde também estão presentes Sto Agostinho, S. Jerónimo, Sto Ambrósio e S.Tomás. Todavia, Sto Agostinho faz uma oração e benze a mesa antes de começarem, para além de perdoar a Alma que despe as roupas do Diabo.
Por fim, todos celebram por a alma ter escolhido o caminho certo e ter feito as escolhas acertadas.

A minha opinião sobre o livro:

Gostei do livro, não achei muito difícil. Acho que a mensagem aqui transmitida é a que somos livres de escolher qual é o caminho que queremos seguir mas que devemos sempre seguir tentar seguir o que achamos ser o mais certo e dar mais importância ao que nós somos do que ao que nós temos.


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Apresentação ECCE HOMO – como se chega a ser o que se é

Livro  - auto biografia

            Descreve-se como pessoa, ser humano, sua relação com a sociedade.

            Seu discurso é caracterizado pela presença de máximas (afirmações/declarações) que o definem e caracterizam a sua filosofia e objectivos de vida.

            Ao descrever-se a si próprio, tb descreve a sua obra, os livros que escreveu , em que contexto, com que propósito e seguindo certas linhas de pensamento.

            Para além de se definir a si próprio N , vai descrevendo um pouco da sua vida, a sua família, época em que viveu, relacionamento com os outros, cultura, gostos e descontentamentos.

PARA UM MELHOR ENQUADRAMENTO DO LIVRO, VAMOS CONHECER Nietzche:

Nasceu em 1844 na Alemanha e morreu em 1900
Filólogo/ Filósofo/ Crítico cultural/ Poeta/ Compositor

Nos seus escritos criticava maioritariamente a religião/moral/filosofia/ciência/cultura
Sua escrita é enriquecida por metáforas, ironias e aforismos – discurso complicado

ECCE HOMO últimos livros antes de enlouquecer em 1889

            Muitos dos seus escritos ainda não editados foram habilmente alterados, após a sua morte, pela sua irmã e seu cunhado sendo este um proeminente nacionalista, transformou-os em livros a favor das doutrinas nazistas e militaristas.




DIONÍSO
Irracionalidade
Caos                   Nietzche
Emoções
Instintos
Prazeres
 

Filosofia de Nietzche

APOLO
Idealismo
Sonhos
Pensamento lógico
Razão



 1º rejeita a moral, cristianismo, deus – conceitos pré-concebidos- ideologias

1 .Repelia  a moral Cristã,  onde cada ser tem que ter o auto-domínio de si mesmo, uma consciência do bem e do mal que o faça arrepender dos seus pecados.

É um ateu

2.Nieztche dizia: “Para mim o ateísmo não é uma consequência nem mesmo um facto novo – existe comigo por instinto. (…) O Cristianismo e o Budismo são duas religiões da decadência”

3.Tinha um espírito que o impulsionava a pôr em causa tudo à sua volta que o prendesse, limitasse e lhe impusesse normas, regras e princípios ou valores que privassem a sua liberdade de viver, as suas escolhas ou os seus apetites…

Espírito livre

2º verdadeira realidade é a vida humana tomada pela vivência no instante no próprio momento

Não se importa com as consequências dos seus atos – despreza a moral e a consciência do BEM/MAL, não sente remorsos.
Satisfaz unicamente seus desejos, prazeres para seu próprio benefício, e bem-estar

3º valoriza os sentimentos (amor, beleza) arte e música
Nieztche, era um ser romântico  (virado para os sentimentos) criativo e talentoso para poesia e  para a música (compunha canções com os seus poemas).

4º descrição
“A minha singularidade é a minha fatalidade”. “Não há um único caso em que eu reconheça alguém como igual a mim”.

Ele achava-se como um psicólogo sensível, que compreendia o mais íntimo de cada pessoa.

N. declara-se anti decadente, por gostar de ser pessimista, viver na “sombra” , no segredo dos seus mais profundos sentimentos e pensamentos. “Preciso da solidão”.

Com estes princípios:

Desprezo pela cultura alemã – idealista, anti massas, democrático, igualdade e massificação

Ateísmo instintivo vs cristianismo

Objectivo da sua filosofia – transmutação de todos os valores (moral cristã)


Ultra-Homem  -  vinha a ser anunciado por Zaratustra

Conclusão:
Perspectiva da moral cristã retrograda

Pessoa controversa na sua filosofia

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O que é o cânone?

  O cânone tem como definição principal de acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, "Regra ou princípio genérico de ordem literária."
  Nesta entrevista de Maria João Seixas a António M. Feijó, este último, quando questionado sobre o que é para si a literatura, refere-se ao cânone como o conjunto de obras que são objeto de estudo obrigatório de acordo com os programas escolares. Neste contexto, o professor diz que este é definido provavelmente com base em ideologias políticas e que, ainda que não seja o desejado por muitos,dificilmente será alvo de mudanças.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

4.

Nunca tive a arte de prevenir alguém contra mim – também isto agradeço eu ao meu pai incomparável – mesmo quando isso tivesse acabado por ser-me proveitoso. Nunca tive prevenções contra mim, mesmo quando tal possa parecer muito pouco cristão. Pode revolver-se a minha vida em todos os sentidos, que nunca nela se encontrará, senão muito raramente, e propriamente uma só vez, sinais de malevolência dos outros homens contra mim – encontram-se até, pelo contrário, sinais de boa vontade…
 As minhas experiências, e mesmo com aqueles que desiludem toda a gente, depõem em favor deles. Domestico todos os ursos e transmito sensatez aos próprios palhaços. Durante os sete anos que ensinei grego na classe superior do Instituto de Basileia, nunca precisei de aplicar um só castigo; os mais preguiçosos, comigo, eram diligentes. Estive sempre à altura das circunstâncias; é indubitável que não estou preparado para ser meu próprio mestre. Qualquer que seja o instrumento, embora se encontre tão desafinado como está o instrumento «homem», conseguirei sempre, excepto se estiver doente, tirar dele algum melodioso som. Algumas vezes me aconteceu ouvir dizer aos próprios instrumentos que nunca tinha chegado a produzir tais melodias. Quem o deu a entender da mais engraçada maneira foi esse Henrique de Stein, que veio uma vez estar três dias em Sils-Maria, depois de ter tido o cuidado de se anunciar, declarando a toda a gente que não vinha exclusivamente por causa de Engadine. Este homem apreciável, que com toda a impetuosidade de um Junker prussiano se aventurara nos pântanos wagnerianos (e também nos de During) foi, durante três dias, como que transformado por um furacão de liberdade, como alguém que se sente subitamente levantado à própria altura e a quem despontaram asas. Eu não me cansava de repetir que a causa disso eram os ares, que o mesmo se dava com toda a gente e que não estávamos em vão a 6000 pés acima de Bayreuth. Mas ele não queria crer no que lhe eu dizia…
Se, apesar disto, cometeu em relação a mim algumas grandes e pequenas infâmias, não há que buscar a razão disso na «vontade», e ainda menos na «má-vontade». Eu teria antes razões para me queixar da «boa vontade» que para comigo durante tantos anos mostrou.

A minha experiência dá-me o direito de desconfiar, de maneira geral, dos chamados instintos «desinteressados», desse «amor ao próximo» sempre disposto a socorrer e a dar conselhos. Tal amor aparece-me como debilidade, como caso particular da incapacidade de reagir contra os impulsos. A piedade só nos decadentes é virtude. Censuro nos misericordiosos irem facilmente contra o pudor e o sentimento das distâncias. A compaixão degenera, num abrir e fechar de olhos, em coisa da populaça e acaba por tomar grosseiro aspecto. As mãos piedosas podem ter acção destrutiva nos grandes destinos, atacar a solidão magoada, o privilégio que uma grande falta confere. Dominar a piedade constitui para mim nobre virtude: descrevi, sob o nome de Tentação de Zaratustra, aquele momento em que um grito de angústia chega aos ouvidos de Zaratustra e em que a compaixão o invade, último pecado capaz de o tornar infiel a si próprio. É aí que importa dominar-nos; é aí que importa conservar a grandeza da nossa missão, livre do contacto de todos aqueles impulsos vis e mesquinhos que actuam nas acções que se dizem desinteressadas. E eis a prova, talvez decisiva, que teve de fazer Zaratustra, a verdadeira demonstração da sua força.

Nietzsche, Ecce Homo, como se chega a ser o que se é

domingo, 24 de novembro de 2013

Apresentação

Título do lIvro: "Na Penúria em Paris e em Londres"
Autor: George Orwell                                   Editora: Antígona                           
Tipo de Livro: Não Ficção (Relato)
Sobre o Autor:
George Orwell é o pseudónimo de Eric Arthur Balir
Blair nasceu em 1903, filho de aristocratas ingleses,  e tornou-se conhecido pelos seu trabalhos jornalísticos e como escritor.  Tendo viajado entre várias culturas, foi muito observador e crítico da sociedade e escrevia os seus textos com base nas suas próprias experiências.
Este livro resulta de três anos em que a sua vida foi passada junto dos mais pobres, nas cidades de Paris e Londres.
"Na Penúria em Paris e em Londres" foi o seu primeiro trabalho sob o pseudónimo George Orwell .

Introdução da Obra:
                Tempo:  por volta do ano de 1930
                Espaço: Primeira parte - Paris
                                Segunda parte - Londres

Personagens:
Orwell  -  Está presente mas não se identifica - O livro é narrado pelo autor.
Boris - um Russo gordo, bem disposto e muito otimista.
Paddy - um irlandês amigável, ignorante e ingénuo - mestre em saber como comer  e onde dormir gratuitamente em Londres.
Bozo - Um pintor de passeios e astrónomo amador. Homem culto, observador, filósofo

Resumo da Obra:
A Obra relata a vida de um sem-abrigo, as dificuldades, as motivações diárias, e como obtém pequenos prazeres.

Orwell  é professor particular de Inglês em Paris. Ganha pouco e vive num bairro de vizinhança miserável. Quando fica sem aluno resolve procurar ajuda num amigo - Boris - que encontra também sem emprego e sem dinheiro.  Vão então em aventuras diárias, procurar arranjar trabalho, até que conseguem num hotel de luxo em Paris.: Orwell como lavador de pratos "plongeur" e Boris como empregado de mesa.
Entretanto um amigo de Londres diz-lhe que tem um trabalho a ensinar um doente. Sem hesitar, abandona Paris. Mas ao chegar, fica a saber que só começará um mês depois. Inicia agora em Londres a sequela de sobreviver durante esse tempo junto dos sem-abrigo da cidade. Conhece Paddy,  e juntos vão percorrer a cidade em busca dos locais que oferecem comida gratuita, e à noite refugiam-se nos abrigos estatais para os "sem-abrigo".
Por fim conhece a última personagem do Livro, Bozo, que gosta de falar a sua visão do mundo em seu redor e explica que os artistas de rua, os que guardam os carros e outros, são tão importantes como um vendedor de um produto não essencial (banha da cobra).

Orwell através de Bozo que dá a explicação de que é ser pobre -  demonstrando que são inofensivos, que são pessoas simples, honestas e que o seu quotidiano se resume quase exclusivamente à luta por encontrar comida e um sitio para dormir.
O que mais gostei na Obra:
                Da caracterização das personagens;
                Das peripécias por que passam e das estratégias, para arranjar dinheiro:
                                Venda de objetos e roupas usadas nas lojas de penhores;
                                Pedir dinheiro às ex-amantes; aos amigos;
                                Ingressar em sociedades secretas...
                Do discurso em linguagem simples e imaginativa
                Das descrições realistas do ambiente vivido nas cozinhas do hotel de luxo (em Paris):
                               As condições de trabalho;
                               Os cheiros;
                               A confusão das operações;
               
" Por toda a parte, mas nas seções de serviço a sujidade imperava - um veio secreto de sujidade, correndo pelo interior do grande hotel de luxo, como os intestinos por dentro do corpo humano".

                Das descrições dos alojamentos gratuitos de Londres

O que me

a leitura do livro transmitiu: Um ponto de vista diferente sobre a realidade de quotidiano do sem abrigo.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Autobiografia



  • Quem com 16 anos tem um passado? Uma história para contar? Como uma pessoa tão jovem e tão inexperiente viveu algo que a marcasse para sempre? Muitos certamente não, pois nunca tiveram que fazer escolhas que mudariam totalmente as suas vidas. Com a minha "experiência de vida", o que vivi? nada, apenas vivo sonhos de um futuro lindo e perfeito na minha doce imaginação.O que define a maturidade é tudo que vivemos, tudo que erramos e com isto aprendemos, é saber discernir o certo do errado, a verdade da mentira, a bondade da maldade, saber que a vida vai para além do que se vê e do que se imagina.Muita nova deixei o meu país de origem, não por vontade própria, mas porque como somos jovens temos de viver a nossa vida em função da vida dos nossos pais. Vivi toda minha infância num país maravilho, repleto de coisas boas como a cultura, diversidade, alegria e grandes amizades mas também com um lado não tão bom assim, como a criminalidade, violência e insegurança. Mesmo assim sempre tive a ganancia de ter mais e mais e para alcançar o meu objectivo tive de escolher, uma difícil escolha. Mudar de casa, de ares, de ambiente não é fácil deixar para trás uma vida um futuro mesmo que fosse incerto, para que? Correr atrás de um outro futuro que pensamos ser o mais correto? Muitas vezes pensamos com a razão ao invés do coração, e fazemos o que chamamos de "melhores escolhas". Tive que passar por isso. Tive que crescer antes do tempo certo, tive que aprender a chorar sozinha, a enfrentar os problemas e a vida que eu escolhi de frente, com coragem, sem medo. Com está vida aprendi a lutar e ser forte, fazer o mundo sorrir, aprendi a ser, aprendi a viver, aprendi a perder mas nunca desistir. Nem sempre temos tempo para ficar cansadas, nem sempre temos tempo para parar e chorar.
    Tive que aprender da maneira mais difícil que a distância dói e que a saudade custa a passar.Conheci os livros, o teatro e a música que se tornaram o meu refugio. Descobri que a vida é uma poesia, um palco e as regras de como nela actuar. Se mentir é contar histórias, não importa o importante é criar. Os destinos de todos nos foram traçados e mesmo que tentemos mudar, nunca iremos conseguir, o mais certo a fazer é deixar a história ser escrita no livro da vida de cada um de nós.

Eu, David Barroso



Escrever um texto autobiográfico é um pouco estranho, pois os meus 15 anos de existência são ainda curtos para contar uma história de vida que possa surpreender o leitor. Mas, de qualquer maneira, cá vai:
Olá, chamo-me David Barroso nasci no dia 25 de Novembro de 1998, filho de Manuela Martins e Paulo Barroso, no hospital São Francisco Xavier, em Belém. Os meus pais deram-me este nome devido à célebre lenda da batalha entre David e Golias.
Após nascer revelei-me um bebé fácil de aturar e educar, pois não era um chorão, nem um mau humorado, antes pelo contrário, estava sempre a rir e a brincar com as coisas do meu pai como os sapatos, as pantufas e os chapéus.
Até aos 3 anos vivi com os meus pais num apartamento em Caxias, não me lembro de muita coisa, mas a minha mãe conta-me histórias incríveis de quando eu era pequeno, principalmente histórias com a minha vizinha, Mariana Pereira, uma rapariga 5 anos mais velha que eu, que brincava e cuidava de mim de forma esplendorosa. No inicio, quando a conheci, mal sabia pronunciar o nome dela, portanto comecei a chama-la Tata, muito mais fácil não?
Após os três anos de idade mudei-me com os meus pais para uma casa em Carcavelos, Sassoeiros, uma vivenda situada numa praceta, onde viviam vários membros da minha família, como as minhas tias-avós, Aida e Isabel, o meu tio-avô, João Miguel.
No primeiro dia na casa nova fui conhecer os vizinhos, pareceram-me todos pessoas de bem, mas houve um vizinho que se destacou de todos, ele chamava-se André Lopes, tinha a mesma idade que eu e, desde muito cedo, tornou-se no meu melhor amigo, que tomo como irmão hoje.
A partir de muito cedo demonstrei muito interesse pela música e, como tal, comecei a aprender a tocar guitarra desde os 4 anos. Comecei a aprender com uma guitarra muito pequena, que me ofereceu o meu padrinho galego, Angel, no crescendo musical, em Oeiras.
Em Janeiro de 2003 fui presenteado com algo formidável, uma irmã, que nasceu no hospital da Cuf descobertas em Lisboa, e, apesar de por muitas vezes nos termos zangado e andado às turras, eu gosto muito dela e sempre gostarei aconteça o que acontecer pois, uma coisa é certa, nunca se vira costas à família.
Quando tinha 5 anos comecei o primeiro ciclo numa pequena escola privada chamada o Cavalinho, e, desde de cedo, revelei-me um rapaz inteligente e muito competitivo, tirando boas notas e tentando sempre ser o melhor em tudo. Durante o primeiro ciclo lembro-me especialmente de uma situação: estava no primeiro ano e tive uma professora chamada Sónia que apenas nos pode dar aulas um ano, porque tinha um bebé a caminho, a quem, na presença do seu marido, nos deixou dar o nome.
No primeiro ciclo fiz vários amigos mas houve um que se destacou, Guilherme Fonseca, que revelou-se um grande amigo meu, mas, por grande pena minha, o primeiro ciclo acabou e a nossa proximidade foi-se desvanecendo, mas, mesmo assim, continuamos amigos.
Desde muito cedo, demonstrei grande interesse pelo mundo automobilístico e dos automóveis, de forma que sempre tentei acompanhar os vários desportos ligados a carros e motores tais como: a Formula 1, o WRC e campeonato de sport protótipos.
Quando tinha 8 anos realizei um dos meus maiores sonhos, tornar-me jogador de football, mais precisamente guarda redes, algo que o meu avô e o meu pai já tinham sido. Comecei a jogar football federado no Belenenses, o meu clube de coração, onde joguei durante 3 anos. No início, não foi fácil de controlar diversas situações em casa, pois a minha mãe preocupava-se muito com os horários e receava que os estudos pudessem ficar para trás. Mas, para salvar a situação, chegou-se à frente o meu avô, Sebastião Barroso, que, a partir desse momento, se mostrou como o meu principal acompanhante em termos futebolísticos, estando presente em todos os jogos e treinos, defendo-me sempre em todas as situações e tentando passar-me os seus conhecimentos do desporto.       
Depois do primeiro ciclo abandonei a escola privada e entrei na Secundária de Carcavelos. Durante os três anos que lá andei fui sempre chamado pelo meu célebre apelido, Barroso, a razão não sei porquê, mas enfim lá me habituei. No quinto ano familiarizei-me muito com o meu colega de carteira, Guilherme Bobião, que, no início, era um pouco tímido mas, mais tarde, tornou-se mais aberto e hoje é um dos meus melhores amigos.
Até aos 11 anos fui sempre um rapaz que, algumas vezes, fui chamado de gordo e de facto no sentido literal da palavra era verdade, mas, mesmo assim, a minha mãe desmentia esta situação eufemizando-a dizendo que eu era apenas bem constituído. Mas, com a ajuda do meu pai, consegui dar a volta à situação, com bastante esforço, suor e trabalho, que deu num bom resultado tornando-me no rapaz elegante, forte e tonificado que sou hoje.
Em 2009 recebi a minha primeira guitarra eléctrica, uma Fender Squier Stratocaster vermelha cereja. Não era uma guitarra de top mas eu tomava-la como tal, porque era minha e sobretudo porque se tratava da minha primeira.
Quando fiz 11 anos recebi uma prenda incrível, uma nova guitarra eléctrica, uma Gibson Les Paul Studio Deluxe bordeaux, que sempre estimei muito, tal como todas as outras guitarras que hoje fazem parte de uma colecção de 6 guitarras (2 electricas, 2 semi-acústicas e 2 clássicas).    
Quando tinha 11 anos abandonei o meu clube de coração, devido a umas situações um pouco infelizes, e fui jogar para o A.D.O, onde joguei durante dois anos. No meu segundo ano tive a grande felicidade de ser convocado, pela primeira vez, para a selecção distrital de Lisboa, onde, nos treinos de triagem, tive de lutar pela sobrevivência na equipa com os grandes do Sporting e Benfica, mas, no final de tudo, sobrevivi e fui convocado para o torneio Lopes da Silva Graça, nos Açores, onde fomos campeões.
Quando passei para o 8º ano abandonei a Secundária de Carcavelos e passei a frequentar a Secundária Luís de Freitas Branco, em Paço de Arcos, onde andei durante dois anos. Devo dizer que, sinceramente, foram dois bons anos, onde fiz vários amigos e consegui vários bons resultados.
Mais tarde, em 2012, abandonei o A.D.O e fui jogar para o Estoril Praia, onde admito, com toda a franqueza, que é o melhor clube, em todos os aspectos, onde já joguei. No meu primeiro ano no Estoril consegui ser novamente convocado para a selecção distrital de Lisboa, a fim de participar num torneio em Mértola, onde fomos campeões. Fui, ainda, pre-selecionado para a selecção nacional de sub-15.
No 10º ano de escolaridade mudei de escola e passei a frequentar a Secundária Quinta do Marques, onde agora me encontro, integrando a turma C do 10º de ciências e tecnologias.
Chegado aqui, reconheço-me como um rapaz optimista, alegre, empreendedor, sonhador, amigo do seu amigo, amante de música, desporto e, claro está, miúdas, de preferência, giras e simpáticas. O futuro?! Será o que conseguir fazer dele, pois como aprendi desde cedo: somos os primeiros responsáveis por nós mesmos e por aquilo que somos, e eu quero SER!

Nº 5 10ºC