sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O Auto da Alma de Gil Vicente


Sobre Gil Vicente:

Nasceu em 1465 (?) e foi dramaturgo e poeta português, também considerado como o pai do teatro português. As suas obras tinham uma função moralista isto é, pretendiam passar uma mensagem (ou lição de moral).
Viveu na Idade Média e nesta altura os valores das pessoas dependiam muito e assentavam-se na religião, por isso ele faz referências bíblicas para transmitir melhor a mensagem, por exemplo, usava muito personagens alegóricas para simbolizar o bem e o mal, como o Anjo e o Diabo.
O Auto da Alma foi escrito em 1508 e dedicado a D. Leonor mas apenas foi representada perante o Rei D. Manuel em 1518.

Sobre a obra:

No início ele começa por fazer uma comparação em que diz que assim como na Terra existiam estalagens para acolher os caminhantes cansados das suas viagens, também no Céu haviam estalagens para as almas descansarem, ao longo dos seus caminhos para o Paraíso. Aqui a estalajadeira era Madre Santa Igreja que tinha essa mesma função de acolher as almas cansadas.
A historia começa com uma alma que vai a caminhar e já se sente um pouco cansada. Durante o seu caminho, vem ao seu encontro um anjo que lhe diz para continuar porque estava quase a chegar à estalagem. A alma pede lhe proteção e então o Anjo explica lhe que foi para isso que ele veio, para a proteger das tentações do Diabo.
Entretanto, o Diabo aparece e, ao ver a Alma, tenta logo seduzi-la de modo a levá-la para o Inferno. Para tal, oferece-lhe jóias, roupas e diz-lhe mesmo que o Inferno era o verdadeiro Paraíso pois lá podia- se viver à vontade com imensas fortunas.
Ao princípio, a Alma rejeita o Diabo mas após algum tempo começa cada vez mais a deixar-se influenciar pelo o que ele diz. Isto causa indignação ao Anjo que lhe diz para continuar e ignorar o Diabo. Porém, a dada altura, a Alma recusa-se a continuar e afirma que já não quer ir para o Céu.
Ao fim de algum tempo,  o Anjo consegue convencê-la  novamente a ir para o Céu ao dizer-lhe que estavam lá à sua espera e que se fosse com Diabo isso iria-lhe pesar muito. E esta escolhe, então, continuar.
O Anjo e a Alma chegam à estalagem onde Madre Santa Igreja a acolhe e é aí que ela se apercebe e se arrepende por se ter deixado ir na conversa do Diabo, pedindo o perdão. Começam a ceia, onde também estão presentes Sto Agostinho, S. Jerónimo, Sto Ambrósio e S.Tomás. Todavia, Sto Agostinho faz uma oração e benze a mesa antes de começarem, para além de perdoar a Alma que despe as roupas do Diabo.
Por fim, todos celebram por a alma ter escolhido o caminho certo e ter feito as escolhas acertadas.

A minha opinião sobre o livro:

Gostei do livro, não achei muito difícil. Acho que a mensagem aqui transmitida é a que somos livres de escolher qual é o caminho que queremos seguir mas que devemos sempre seguir tentar seguir o que achamos ser o mais certo e dar mais importância ao que nós somos do que ao que nós temos.


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