sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Autobiografia



  • Quem com 16 anos tem um passado? Uma história para contar? Como uma pessoa tão jovem e tão inexperiente viveu algo que a marcasse para sempre? Muitos certamente não, pois nunca tiveram que fazer escolhas que mudariam totalmente as suas vidas. Com a minha "experiência de vida", o que vivi? nada, apenas vivo sonhos de um futuro lindo e perfeito na minha doce imaginação.O que define a maturidade é tudo que vivemos, tudo que erramos e com isto aprendemos, é saber discernir o certo do errado, a verdade da mentira, a bondade da maldade, saber que a vida vai para além do que se vê e do que se imagina.Muita nova deixei o meu país de origem, não por vontade própria, mas porque como somos jovens temos de viver a nossa vida em função da vida dos nossos pais. Vivi toda minha infância num país maravilho, repleto de coisas boas como a cultura, diversidade, alegria e grandes amizades mas também com um lado não tão bom assim, como a criminalidade, violência e insegurança. Mesmo assim sempre tive a ganancia de ter mais e mais e para alcançar o meu objectivo tive de escolher, uma difícil escolha. Mudar de casa, de ares, de ambiente não é fácil deixar para trás uma vida um futuro mesmo que fosse incerto, para que? Correr atrás de um outro futuro que pensamos ser o mais correto? Muitas vezes pensamos com a razão ao invés do coração, e fazemos o que chamamos de "melhores escolhas". Tive que passar por isso. Tive que crescer antes do tempo certo, tive que aprender a chorar sozinha, a enfrentar os problemas e a vida que eu escolhi de frente, com coragem, sem medo. Com está vida aprendi a lutar e ser forte, fazer o mundo sorrir, aprendi a ser, aprendi a viver, aprendi a perder mas nunca desistir. Nem sempre temos tempo para ficar cansadas, nem sempre temos tempo para parar e chorar.
    Tive que aprender da maneira mais difícil que a distância dói e que a saudade custa a passar.Conheci os livros, o teatro e a música que se tornaram o meu refugio. Descobri que a vida é uma poesia, um palco e as regras de como nela actuar. Se mentir é contar histórias, não importa o importante é criar. Os destinos de todos nos foram traçados e mesmo que tentemos mudar, nunca iremos conseguir, o mais certo a fazer é deixar a história ser escrita no livro da vida de cada um de nós.

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