quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A União Faz a Força

Ao longo dos últimos meses inúmeras são as notícias sobre o Referendo da Escócia e sobre este ter ditado que o Reino Unido se manteria intacto, mas será este o melhor caminho para o mundo? Será que as uniões entre nações devem manter-se?

Para chegar a uma conclusão penso que faz mais sentido contar a história do início.

À medida da evolução da humanidade, esta foi tomando para si tudo o que um dia já havia sido de todos os seres vivos deste planeta. Quando alguém chegava a um sítio inexplorado, os homens que o descobriam autonomeavam-se, pela sua braveza e coragem, como donos e senhores das terras.

Entretanto com o mundo em descobrimento, os corajosos governadores das terras já descobertas foram gananciosos e quiseram mais que aquilo que lhes tinha sido inicialmente concedido, originando, ao longo dos últimos séculos inúmeras guerras pela posse dos territórios. E claro está que no final da guerra haveria sempre algumas pessoas a quem, pela sua bravura e coragem, seriam entregues as terras conquistadas, dividindo-as para assim cada um as governar a seu jeito, formando novos países.

Tal como ocorrem divisões, os países podem unir-se, a fim de se tornarem mais poderosos, quer a nível económico, político ou comercial. Uma dessas uniões levou à criação de um país em especial, o Reino Unido.

Acontece que no dia 18 de Setembro deste ano, uma das nações deste país, a Escócia, realizou um referendo à independência, onde, a população escocesa decidiria o que queria para o futuro do seu país, permanecer no Reino Unido ou tornar-se uma nação independente.

Este é um assunto muitíssimo importante, não só para a Escócia como para todo o Reino Unido.

Se a Escócia se tornasse independente esta teria de reorganizar toda a sua estrutura politica, cunhar uma nova moeda nacional, pensar na eventual adesão do novo país à União Europeia, organizar uma estrutura militar própria, entre muitas outras coisas necessárias ao normal funcionamento de um pais, o que resultaria num período de grande instabilidade para a economia escocesa.

O Reino Unido também não iria sair a ganhar, pois perderia bastante poder a nível internacional e principalmente seria afetado pelo fim do dinheiro do petróleo escocês do Mar do Norte que preenche os cofres do Reino.

No final da contagem dos votos os escoceses optaram pela opção de continuarem a ser uma nação pertencente ao Reino Unido.

Esta é sem dúvida a opção mais sensata, e certamente a melhor para todos.

A título de exemplo:

-Nunca se ouviu falar sobre a importância de Nauru e Tuvalu na economia mundial, porque eles estando na lista dos 10 países mais pequenos do mundo e nunca tendo sido muito desenvolvidos nunca se tornaram potências competitivas em comparação com o resto do mundo. Existem também países de tamanho considerável, como por exemplo alguns dos países da Africa Subsariana, mas que mesmo assim não se conseguiram erguer no panorama internacional, quer devido a guerras civis, quer a más politicas.

Isto não significa que a Escócia deixasse de ser importante, caso se separasse do Reino Unido, mas que tem de aceitar que deixaria de ter tanta influência como a que tem enquanto parte integrante do Reino Unido.

Ambos precisam um do outro para serem mais fortes e influentes em termos internacionais.

Concluindo, quero com isto dizer que a união faz a força, e que quantos mais formos mais fortes seremos. Basta olharmos para países como os Estados Unidos da América e a Rússia para percebermos, dois grandes países com sistemas políticos diferentes mas funcionais devido à coordenação de todos os territórios, por parte de um governo central organizado. Foi por esta razão, coordenar estratégica, politica e economicamente uma grande porção de território, que se formou a União Europeia e o Reino Unido. É no sentido da união que o mundo caminha, por todo o mundo vemos alianças: politicas, económicas e comerciais. Que sentido faria agora voltar ao passado e continuar a dividir o mundo se o caminho para um mundo melhor é a união? 
Nenhum!

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