Ao
longo dos últimos meses inúmeras são as notícias sobre o Referendo da Escócia e
sobre este ter ditado que o Reino Unido se manteria intacto, mas será este o
melhor caminho para o mundo? Será que as uniões entre nações devem manter-se?
Para
chegar a uma conclusão penso que faz mais sentido contar a história do início.
À
medida da evolução da humanidade, esta foi tomando para si tudo o que um dia já
havia sido de todos os seres vivos deste planeta. Quando alguém chegava a um sítio
inexplorado, os homens que o descobriam autonomeavam-se, pela sua braveza e
coragem, como donos e senhores das terras.
Entretanto
com o mundo em descobrimento, os corajosos governadores das terras já descobertas
foram gananciosos e quiseram mais que aquilo que lhes tinha sido inicialmente
concedido, originando, ao longo dos últimos séculos inúmeras guerras pela posse
dos territórios. E claro está que no final da guerra haveria sempre algumas
pessoas a quem, pela sua bravura e coragem, seriam entregues as terras conquistadas,
dividindo-as para assim cada um as governar a seu jeito, formando novos países.
Tal
como ocorrem divisões, os países podem unir-se, a fim de se tornarem mais
poderosos, quer a nível económico, político ou comercial. Uma dessas uniões levou à criação de um país em especial, o Reino Unido.
Acontece
que no dia 18 de Setembro deste ano, uma das nações deste país, a Escócia, realizou
um referendo à independência, onde, a população escocesa decidiria o que queria
para o futuro do seu país, permanecer no Reino Unido ou tornar-se uma nação
independente.
Este é
um assunto muitíssimo importante, não só para a Escócia como para todo o Reino
Unido.
Se a Escócia
se tornasse independente esta teria de reorganizar toda a sua estrutura politica,
cunhar uma nova moeda nacional, pensar na eventual adesão do novo país à União
Europeia, organizar uma estrutura militar própria, entre muitas outras coisas
necessárias ao normal funcionamento de um pais, o que resultaria num período de
grande instabilidade para a economia escocesa.
O Reino
Unido também não iria sair a ganhar, pois perderia bastante poder a nível internacional
e principalmente seria afetado pelo fim do dinheiro do petróleo escocês do Mar
do Norte que preenche os cofres do Reino.
No
final da contagem dos votos os escoceses optaram pela opção de continuarem a
ser uma nação pertencente ao Reino Unido.
Esta é
sem dúvida a opção mais sensata, e certamente a melhor para todos.
A título
de exemplo:
-Nunca
se ouviu falar sobre a importância de Nauru e Tuvalu na economia mundial,
porque eles estando na lista dos 10 países mais pequenos do mundo e nunca tendo
sido muito desenvolvidos nunca se tornaram potências competitivas em comparação
com o resto do mundo. Existem também países de tamanho considerável, como por
exemplo alguns dos países da Africa Subsariana, mas que mesmo assim não se
conseguiram erguer no panorama internacional, quer devido a guerras civis, quer
a más politicas.
Isto
não significa que a Escócia deixasse de ser importante, caso se separasse do
Reino Unido, mas que tem de aceitar que deixaria de ter tanta influência como a
que tem enquanto parte integrante do Reino Unido.
Ambos
precisam um do outro para serem mais fortes e influentes em termos
internacionais.
Concluindo,
quero com isto dizer que a união faz a força, e que quantos mais formos mais
fortes seremos. Basta olharmos para países como os Estados Unidos da América e
a Rússia para percebermos, dois grandes países com sistemas políticos diferentes
mas funcionais devido à coordenação de todos os territórios, por parte de um governo
central organizado. Foi por esta razão, coordenar estratégica, politica e
economicamente uma grande porção de território, que se formou a União Europeia
e o Reino Unido. É no sentido da união que o mundo caminha, por todo o mundo
vemos alianças: politicas, económicas e comerciais. Que sentido faria agora
voltar ao passado e continuar a dividir o mundo se o caminho para um mundo
melhor é a união?
Nenhum!
Sem comentários:
Enviar um comentário